Os gays também amam

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Então agora por decreto decidiu-se: gays também amam.

Não é bem um decreto mas a interpretação do Supremo tem força de lei.

“Cármen Lúcia se baseou na decisão do STF que reconheceu em 2011 a união estável entre homossexuais quando o ministro, hoje aposentado, Ayres Britto, escreveu que a “Constituição Federal não faz a menor diferenciação entre a família formalmente constituída e aquela existente ao rés dos fatos. Como também não distingue entre a família que se forma por sujeitos heteroafetivos e a que se constitui por pessoas de inclinação homoafetiva”.”

Para mim a discussão sempre foi sobre se gays são capazes de amar. Porque uma criança precisa de afeto. Eu pensei que eles estavam ali desenvolvendo cálculos sofisticados para medir quanto de afeto cada ser humano é capaz de dar. Daí tirar uma média, sei lá.

Isso sempre foi sobre afeto. Ou deveria ter sido.

É correto uma sociedade proteger suas crianças de serem mal tratadas, te querer ter a certeza de que estarão bem. A gente realmente precisa saber a quem estamos entregando as crianças abandonadas. Elas não estão ali jogadas no lixo. São pessoas e têm esperança. Ter apenas um teto muitas vezes é melhor do que viver em um lar sem amor. Porque ali contudo se está entre amigos, às vezes até irmãos.

Acontecem coisas ruins. Existem pessoas ruins. Mas, por amor, elas isão em número infinitamente menor do que a imensa parte da humanidade que quer amar essas crianças e lhes dar um lar verdadeiro.

Eu conheço pais que adotaram crianças. E eles estão malucos, felizes, bobões…

Era isso que a gente queria saber? Se pais ou mães gays são capazes de dar afeto? Porque com afeto, sabemos todos, uma criança muda o mundo.

Que ela vai ser vítima de bullying… Vai.

E daí? Se for acolhida com ternura em seu lar,  vai saber se defender.

E nós, casais heteros com famílias heteros, que as amamos também (e tanto as amamos que fomos lá medir coeficiente de afeto!), vamos estar cuidando. Vamos ensinar nossos filhos que bullying, qualquer bullying é sempre feio.

Não deixe seu filho chegar em casa falando sobre “o filho de pai viado” “ou aquele gordão” ou “a neguinha”. Ignore. Pergunte o nome da pessoa. Ensine que as pessoas têm nome. Que as pessoas são pessoas mesmo.

Você tem que ajudar. Fazer sua parte.

Bem, mas comecei a escrever só pra dizer eu tô muito feliz por isso. E parabenizar os gays que é uma luta foda. Vocês têm que lutar pelo direito de dar afeto? É muito confuso.

Acho que as leis devem ser rígidas e que é dever do Estado assegurar que estas crianças ficarão bem mas que casais homossexuais não sejam sumariamente descartados da lista de adoção. São pessoas que querem dar amor.

Dar afeto é sempre urgente: abram portas e janelas para todos que quiserem ajudar…

3 pensamentos sobre “Os gays também amam

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